Paul Stoffels, diretor científico da Johnson & Johnson (J&J), disse que o imunizante potencialmente protegerá centenas de milhões de pessoas de consequências graves e fatais causadas pelo coronavírus SARS-CoV-2.
“Uma vacina única é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a melhor opção em cenários de pandemia, melhorando o acesso, distribuição e conformidade”.
O ensaio clínico, que ainda não foi concluído, incluiu quase 44.000 participantes e acumulou 468 casos sintomáticos de covid-19.
Os pesquisadores rastrearam doenças a partir de 28 dias após a vacinação.
Após o dia 28, ninguém que foi vacinado precisou de hospitalização ou morreu, independentemente de ter sido exposto ao vírus regular ou a "essas variantes particularmente desagradáveis", disse o Dr. Mathai Mammen, chefe de pesquisa global da unidade Janssen Pharmaceutical da J&J. Quando os vacinados foram infectados, eles tiveram uma doença mais branda.
A J&J disse que sua vacina funciona consistentemente em uma ampla gama de pessoas: um terço dos participantes tinha mais de 60 anos e mais de 40% tinham outras doenças que os colocavam em risco de covid-19 grave, incluindo obesidade, diabetes e HIV.
A vacina mostrou ainda alguma proteção contra a variante 501.V2, que surgiu na África do Sul, embora a eficácia tenha sido de 57 por cento nos testes realizados lá.
O imunizante mostrou uma taxa de eficácia de 72 por cento nos Estados Unidos e de 66 por cento na América Latina.
Alex Gorsky, presidente-executivo da J&J, chamou os resultados de um "marco crítico".
A empresa pretende solicitar uma autorização de uso emergencial nos Estados Unidos no início de fevereiro e, se concedida, poderá enviar vacinas imediatamente.
“Nosso objetivo sempre foi criar uma solução simples e eficaz para o maior número possível de pessoas e ter o máximo impacto para ajudar a acabar com a pandemia”, disse Gorsky.
A vacina da J&J pode ser armazenada por meses em uma geladeira comum e pode ser administrada prontamente em ambientes tradicionais, como consultórios médicos e farmácias.
A J&J prometeu definir o preço da inoculação “sem fins lucrativos” durante a pandemia – cerca de US$ 10 a dose. Os EUA, Reino Unido e UE fecharam acordos para a vacina J&J de pelo menos 100 milhões, 30 milhões e 200 milhões de doses, respectivamente.
Atualização 29/01 - Emmanuel Macron afirmou que a vacina da AstraZeneca é praticamente ineficaz em pessoas com mais de 65 anos, após a Agência Europeia de Medicamentos ter recomendado o uso emergencial em adultos – incluindo os maiores de 65 anos.
“O verdadeiro problema com a AstraZeneca é que não funciona como esperado", disse o Presidente da França. "Hoje, tudo sugere que é quase ineficaz para quem tem mais de 65 anos – e alguns dizem quem tem mais de 60".
Na quinta-feira (28), a comissão de especialistas em vacinas do Robert Koch Institute, agência do governo federal alemão responsável pelo controle e prevenção de doenças, recomendou que o imunizante da AstraZeneca deve ser dado apenas a pessoas com idades entre 18 e 64 anos.
"Atualmente, não há dados suficientes disponíveis para avaliar a eficácia da vacina a partir dos 65 anos de idade", disse a Standing Vaccine Commission na resolução disponibilizada pelo ministério da saúde alemão na quinta-feira.
O CEO da AstraZeneca, Pascal Soirot, reconheceu anteriormente que restrições em termos demográficos adequados para a vacina era uma possibilidade.
A maioria dos pacientes hospitalizados com covid-19 tem mais de 65 anos – é o grupo de maior risco de morte.
Atualização 29/01 - A comissão de vacinas da Alemanha manteve na sexta-feira (29) sua recomendação contra o uso da vacina da AstraZeneca em pessoas mais velhas, apesar da decisão do regulador da UE de autorizá-la para todos os adultos do bloco com mais de 18 anos.
* Com informações do Financial Times, Associated Press, The Local
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