No acumulado de janeiro a novembro, frente a igual período de 2019, o setor industrial registrou redução de -5,5%, com resultados negativos em 20 dos 26 ramos, 59 dos 79 grupos e 63% dos 805 produtos pesquisados.
Entre as atividades, Veículos automotores, reboques e carrocerias (-32%) exerceu a influência negativa mais significativa sobre a indústria, pressionada pelos itens automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões e autopeças.
Outras contribuições negativas vieram dos ramos de Confecção de artigos do vestuário e acessórios (-26%), Metalurgia (-10%), Indústrias extrativas (-3%), Couro, artigos para viagem e calçados (-22%), Máquinas e equipamentos (-7%), Outros equipamentos de transporte (-30%), Impressão e reprodução de gravações (-37%), Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-17%), Produtos diversos (-18%), Produtos de borracha e de material plástico (-4%), Produtos têxteis (-9%) e Produtos de minerais não-metálicos (-4%).
Entre as grandes categorias econômicas, destacam-se as quedas em Bens de consumo duráveis (-22%), pressionada pela redução na fabricação de automóveis (-38%), e Bens de capital (-13%), por conta de bens de capital para equipamentos de transporte (-26%) e para fins industriais (-8%).
Os setores de Bens de consumo semi e não-duráveis (-6,5%) e de Bens intermediários (-1,8%) também acumularam taxas negativas no ano.
Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas | |||
---|---|---|---|
Brasil - Novembro de 2020 | |||
Grandes Categorias Econômicas | Variação (%) | ||
Novembro 2019 | Acumulado Jan-Nov | Acumulado 12 meses | |
Bens de Capital | +12,8 | -13,1 | -12,6 |
Bens Intermediários | +3,6 | -1,8 | -1,9 |
Bens de Consumo | -0,1 | -9,9 | -9,1 |
Duráveis | +2,7 | -22,0 | -20,5 |
Semiduráveis e não Duráveis | -0,9 | -6,5 | -5,9 |
Indústria Geral | +2,8 | -5,5 | -5,2 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria |
Entre as nove atividades que tiveram queda em novembro na comparação com outubro, os principais impactos vieram de Produtos alimentícios (-3%), que acumula redução de -6% em dois meses de queda, eliminando, dessa forma, a alta de 4% registrada entre julho e setembro; as Indústrias extrativas (-2,4%), com o terceiro mês seguido de queda na produção, período em que somou perda de -10%; e Produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-10%), que interrompeu dois meses de resultados positivos, quando acumulou expansão de +11%.
Na comparação com novembro de 2019, entre as dez atividades que apontaram redução na produção, o ramo de Indústrias extrativas (-7,5%) exerceu a influência negativa mais significativa na média da indústria, pressionado, em grande medida, pelos itens óleos brutos de petróleo e minérios de ferro pelotizados ou sinterizados.
Destacam-se também as contribuições negativas de Produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9%), Impressão e reprodução de gravações (-26%), Outros equipamentos de transporte (-18%), Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-11%) e Veículos automotores, reboques e carrocerias (-1%).
* Com informações do IBGE
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