Atualização 23/12 - A Resolução nº 6/2020, publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (23), estabelece que as vacinas covid que tiverem autorização para uso emergencial no Brasil não terão o preço avaliado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), dado seu caráter experimental.
"Uma vez protocolizado o Documento Informativo de Preço referente ao pedido de precificação junto à Secretaria-Executiva da CMED, a empresa farmacêutica solicitante já poderá comercializar a vacina pelo preço proposto, até que sobrevenha decisão final da CMED".
Atualização 28/12 - A autoridade de saúde dinamarquesa está recomendando que os médicos e enfermeiras usem todas as doses extras que possam obter dos frascos da vacina da Pfizer-BioNTech. Os frascos de 5 doses recebidos no país contém até 2,2ml mas a imunização requer 0,3ml, sugerindo que a empresa está entregando gratuitamente, ao menos à Dinamarca, um adicional de 40% de doses.
O encontro foi marcado depois que os governadores começaram a pressionar Brasília a antecipar o início da vacinação nacional, prevista para março.
Os governadores criticaram o anúncio feito ontem por João Doria, que começaria a imunizar a população do Estado de São Paulo a partir do dia 25 de janeiro.
“Isso é algo que coloca em jogo a credibilidade dos demais governadores. O plano nacional não é responsabilidade dos governadores”, ressaltou Ronaldo Caiado, governador de Goiás.
Doria cobrou diretamente Pazuello sobre a compra da vacina chinesa.
“O que difere, ministro, a condição e a sua gestão de privilegiar duas vacinas em detrimento de outra? É uma razão de ordem ideológica e política ou é uma razão de falta de interesse de disponibilizar mais vacinas?”, afirmou Doria, questionando as Medidas Provisórias destinando bilhões para comprar vacinas experimentais ainda não aprovadas da AstraZeneca e do consórcio Covax. “Por que excluir [a vacina CoronaVac] se o procedimento é exatamente igual?”, indagou o governador de São Paulo.
Pazuello reagiu dizendo que a vacina não é do Estado de São Paulo.
“Não sei por que o senhor fala tanto como se fosse do Estado”, respondeu o Ministro da Saúde. “Havendo demanda e preço, todas as condições serão alvo de nossa compra”.
De acordo com Pazuello, já foi assinada uma carta de intenções para a aquisição de 70 milhões de doses da farmacêutica Pfizer, cuja vacina começou a ser aplicada nesta terça-feira no Reino Unido.
No encontro, o ministro falou ainda sobre a possibilidade de adiantar o programa nacional de imunização para o fim de fevereiro.
"A Anvisa, dentro da sua responsabilidade para analisar o registro dessas vacinas, precisa de tempo para concluir essa ação. E, pelo que demonstrou, tempo próximo a 60 dias. Pode ser menos um pouco se tudo estiver redondo, sem recomendações incompletas”, explicou Pazuello.
Atualização 08/12 - A Johnson & Johnson anunciou nesta terça-feira (8) que poderá publicar, em janeiro, resultados de testes em estágio final de uma vacina de dose única contra o vírus da covid-19. Os testes seriam concluídos antes do prazo inicialmente previsto.
Atualização 08/12 - A vacina Covid-19 da AstraZeneca foi considerada eficaz (62%) em um estudo publicado na revista The Lancet nesta terça-feira (8) – um número baixo em comparação com a eficácia de cerca de 95% alegada pelas empresas Pfizer e Moderna e pela vacina russa Sputnik V, mas é a primeira afirmação de eficácia revisada por pares em um jornal médico. No entanto, os achados da AstraZeneca derivam de resultados de testes confusos, amplamente questionados na comunidade científica internacional.
“Francamente, a menos que haja uma explicação muito clara baseada em fatos e dados para o que está por trás desses números, é muito provável que esse pacote não seja suficiente para uma aprovação”, disse à Reuters na semana passada o consultor científico chefe da Operação Warp Speed, Moncef Slaoui.
Atualização 08/12 - Após a reunião dos governadores, o Presidente Jair Bolsonaro disse em uma rede social que a vacina não deve ser usada "para fins políticos".
"O Brasil disponibilizará vacinas de forma gratuita e voluntária após COMPROVADA EFICÁCIA E REGISTRO NA ANVISA. Vamos proteger a população respeitando sua liberdade, e não usá-la para fins políticos, colocando sua saúde em risco por conta de projetos pessoais de poder", escreveu Bolsonaro.
Atualização 09/12 - Vacina covid da Pfizer causa hospitalização de duas pessoas no primeiro dia de vacinação na Inglaterra.
O diretor médico do NHS, o serviço público de saúde britânico, Stephen Powis, disse que "como é comum com as novas vacinas, a MHRA (Medicines and Healthcare products Regulatory Agency) aconselhou, por precaução, que pessoas com histórico significativo de reações alérgicas não recebam esta vacina".
A recomendação foi feita "depois que duas pessoas com histórico de reações alérgicas significativas responderam negativamente ontem. Ambas estão se recuperando bem", segundo Powis.
As reações alérgicas podem ter sido causadas por um componente chamado polietilenoglicol ou PEG.
O NHS da Inglaterra disse que todos os envolvidos com o programa de vacinação foram notificados do ocorrido – e, por isso, todos com previsão de receber a vacina nesta quarta-feira (9) serão questionados sobre históricos de reações alérgicas.
A MHRA emitiu o seguinte comunicado:
Qualquer pessoa com histórico de reação alérgica significativa a uma vacina, medicamento ou alimento (como histórico anterior de reação anafilactoide [semelhante à anafilaxia] ou aqueles que foram aconselhados a carregar um autoinjetor de adrenalina) não devem receber a vacina Pfizer / BioNtech.
Instalações de reanimação devem estar disponíveis o tempo todo para todas as vacinações. A vacinação só deve ser realizada em instalações onde existam medidas de reanimação.
Atualização 14/12 - Enquanto o STF pede ao Ministério da Saúde a data do início de imunização com vacinas que não existem, o Instituto Butantan revelou que não enviará os dados da vacina da Sinovac (CoronoaVac) à Anvisa na terça-feira (15), prazo fixado pelo próprio instituto.
A nova previsão do Butantan é entregar os dados à Anvisa no dia 23 de dezembro. Não está claro se o calendário de vacinação covid anunciado pelo governo do Estado de São Paulo será mantido.
Segundo informa o artigo Why is China keeping quiet about its vaccine programme?, da The Spectator, as empresas chinesas Sinopharm (estatal) e Sinovac (privada) ainda não concluiram os ensaios de fase 3 de suas vacinas candidatas, mas autoridades de Abu Dhabi relataram que a vacina da Sinopharm teria obtido eficácia de 86% no ensaio clínico local.
Não há dados sobre a vacina covid da Sinovac.
De acordo com a publicação britânica, as vacinas candidatas de ambos laboratórios estão sendo vendidas na China – antes da conclusão dos ensaios de segurança e eficácia – aos ‘xiaobaishu’ (‘ratinhos brancos’), referência aos compradores que desempenham o papel de cobaias de um experimento.
* Com informações da Agência Brasil, The Guardian, The Spectator
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