Wightman, que trabalhou como piloto e agente imobiliário antes de seu diagnóstico, passou o último ano incapaz de trabalhar.
A carta que Wightman recebeu do Vaccine Injury Support Program (VISP) faz dele um dos poucos canadenses aprovados para um benefício de lesão de vacina covid.

A carta confirmou algo que ele diz saber o tempo todo: que sua condição provavelmente foi causada pela vacina covid da AstraZeneca.
Wightman não revelou o valor da indenização citando preocupações de privacidade, mas disse que o pagamento máximo sob o programa é de cerca de US$ 284.000 e a quantia aprovada é menor.
"Não sei qual valor posso dizer que seria suficiente, mas [o pagamento] não é algo que me deixe muito empolgado", disse. "A reposição de renda não será o que estamos acostumados ... então é um pouco decepcionante para mim".
Wightman está procurando aconselhamento legal e planeja apelar para o conselho de revisão médica do programa. Segundo ele, vários de seus sintomas, incluindo perda de sensibilidade nos pés e deficiências visuais, não foram incluídos em sua avaliação de benefícios de lesão. Ele também apresenta capacidade limitada em seus braços e pulsos.
Antes da pandemia, o Canadá era o único país do G7 que não tinha um programa de compensação de lesões por vacina. O plano de imunização em massa do país estimulou o desenvolvimento do VISP, explicou o Dr. Kumanan Wilson, médico do Hospital de Ottawa.
"Nós dissemos às pessoas que precisavam se vacinar e, em muitos casos, foram editados mandatos", disse Wilson à CBC. "Precisávamos manter nossa parte do acordo, e isso era garantir que esses indivíduos fossem tratados de forma justa se algo desagradável acontecesse".
"Acredito muito na segurança das vacinas. Elas passam por rigorosos testes de fase três, mas eventos raros podem acontecer e, nessas circunstâncias, esses indivíduos precisam ser apoiados", acrescentou.
Wilson disse que houve desafios no início no desenvolvimento do programa determinando o que deveria ser considerado uma doença grave que está associada a uma vacina. A Síndrome de Guillain-Barré (GBS) estava entre os transtornos discutidos, uma vez que vem com severos desafios de saúde que muitas vezes podem ser superados somente após alguns anos.
A vacina AstraZeneca foi em grande parte descontinuada no Canadá depois que coágulos sanguíneos apareceram em receptores a uma taxa de cerca de um caso em 100.000 doses.
Sintomas
A Síndrome de Guillain-Barré é uma forma de polineuropatia – afeta muitos nervos periféricos por todo o corpo – que causa fraqueza muscular.
Em aproximadamente dois terços das pessoas com Síndrome de Guillain-Barré, os sintomas começam cerca de cinco dias a três semanas após uma infecção leve, cirurgia ou após uma imunização.
Os sintomas geralmente começam nas duas pernas, depois sobem para os braços – ocasionalmente, começam nos braços ou na cabeça e desce –, e incluem fraqueza e uma sensação de formigamento ou perda da sensibilidade.
A fraqueza é mais evidente do que a sensibilidade anômala. Os reflexos diminuem ou estão ausentes.
Em 90% das pessoas com Síndrome de Guillain-Barré, a fraqueza é mais grave três a quatro semanas após o início dos sintomas. Em 5% a 10%, os músculos que controlam a respiração ficam tão enfraquecidos que é necessário recorrer à ventilação mecânica.
Quando a doença é grave, os músculos da face e da deglutição se tornam fracos em mais da metade das pessoas afetadas. Quando esses músculos estão fracos, as pessoas podem engasgar ao se alimentar ou se tornam desidratadas e desnutridas.
Se a doença for muito grave, as funções internas controladas pelo sistema nervoso autônomo podem ser prejudicadas. Por exemplo, a pressão arterial pode flutuar amplamente, o ritmo cardíaco pode ficar anormal, a pessoa pode reter urina e pode ocorrer obstipação grave.
* Com informações da CBC News
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