Anunciada quinta-feira (11) pela l’Agence régionale de santé (ARS), a variante está agora sob estrita vigilância.
A nova variante foi descoberta em meio a um foco de infecção no hospital de Lannion. Entre 79 doentes, oito tinham sintomas de covid-19, incluindo infecções pulmonares graves. No entanto, os testes desses oito pacientes apresentavam sucessivamente resultados negativos em testes utilizando a técnica RT-PCR.
A confirmação que se tratava de infecção pelo vírus SARS-CoV-2 foi obtida através da coleta e análise de amostras de material dos pulmões, procedimento invasivo e demorado.
Na segunda-feira (15) à noite, a Direction générale de la santé (DGS), disse em nota que "a análise molecular realizada pelo CNR [Centres Nationaux de Référence] do [Instituto] Pasteur revela uma nova variante portadora de nove mutações".
Contudo, as análises iniciais não indicam que a nova variante se espalha mais facilmente ou causa sintomas mais graves do que a Covid clássica.
Sua particularidade seria a dificuldade em detectá-la.
"O cluster Lannionnais foi seguido por várias semanas pela ARS. Na verdade, não detectada pelos testes de PCR, a variante foi identificada por 'sinais clínicos sugestivos'", diz a nota.
A DGS relata que as pessoas infectadas "apresentaram sintomas típicos sugerindo uma infecção com SARS-CoV-2, mas um resultado negativo do teste PCR em amostras nasofaríngeas, e para os quais o diagnóstico poderia ser feito por sorologia ou por RT-PCR em amostras respiratórias profundas".
Os investigadores apresentaram duas explicações possíveis; "os testes RT-PCR não funcionaram contra esta nova variante ou a nova variante não pode ser detectada pela via nasofaringe".

A autoridade francesa de saúde disse que estão sendo conduzidas investigações aprofundadas para entender melhor a variante e seu impacto.
“Está em curso uma avaliação para apurar o possível impacto dessas modificações genéticas na incapacidade de reconhecimento por testes virológicos, o que conduz a um subdiagnóstico e que poderá interferir na estratégia de rastreamento atualmente em vigor”.
Também serão realizados experimentos para determinar como essa variante reage à vacinação e aos anticorpos desenvolvidos durante infecções anteriores.
Todos os estabelecimentos e profissionais de saúde foram alertados para o novo comportamento a ter em relação a esta variante em termos de diagnóstico e isolamento de pessoas.
“Por precaução, as autoridades locais, reforçaram as medidas para conter a transmissão do vírus, acelerando a vacinação e lembrando a importância das medidas de distanciamento social", disse a DGS.
A Bretanha tem sido uma das áreas da França com o menor número de infecções, mas há preocupações de que alguns casos da nova variante possam ter sido perdidos nos testes.
* Com informações do The Local
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